São fraturas graves, que necessitam de uma alta energia cinética para ocorrerem. Em sua grande maioria se devem a acidentes automobilísticos e motociclísticos, logo a taxa de óbitos passa a ser maior que a média das outras fraturas. Traumatismos crânio-encefálicos, torácicos e abdominais estão frequentemente associados, piorando o prognóstico. 

Dentre as lesões mais comuns, destacam-se as fraturas de acetábulo (parte da pelve que se articula com a cabeça do fêmur), fraturas de sacro, fraturas do anel pélvico propriamente dito e as temidas fraturas open book. 

As fraturas acetabulares serão descritas em um tópico especial, haja vista sua complexidade e incidência. Sua maioria exige tratamento cirúrgico.

As fraturas de sacro e sacroilíacas são relativamente comuns em traumas por compressão antero-posterior (CAP) e alguns tipos de compressão lateral (CL). Suicidas por quedas em pé tem um padrão de fratura característico em H ou U. 

As fraturas de anel pélvico propriamente ditas podem envolver colunas pélvicas, anterior ou posterior, ramos púbicos, ramos isquiáticos, avulsões de cristas e tuberosidades e corpo de ilíaco. Também grande parte deles vão necessitar de tratamento cirúrgico, principalmente em fraturas com desvio e instáveis. 

As fraturas open book são fraturas na qual ocorre abertura de sínfise púbica acima de 2,5cm e estão relacionadas a mecanismo de compressão antero-posterior como um atropelamento frontal, por carro, ônibus, etc.

Essas fraturas são as mais temidas da Ortopedia como um todo, pois essa abertura da sínfise púbica indica indiretamente que houve lesão de vasos intrapélvicos e a cavidade pélvica não possui mais a capacidade de tamponamento sanguíneo de forma que o paciente, se não for tratado de imediato por um ortopedista, corre o risco de hemorragia e até óbito. Essas fraturas possuem cerca de 50% de mortalidade.